Porque a maioria das pessoas não aprende inglês?

Você está precisando aprender inglês? Ou quem sabe você não precisa neste momento, mas quer aprender. Pela experiencia acumulada nestes mais de 30 anos de magistério, posso afirmar que querer ou precisar não são garantia de eficiência no aprendizado.
Afinal, porque as vezes parece tão díficil?

Creio que as vezes você se pergunta porque parece que não evolui no aprendizado. Então se pergunta: Qual é o meu erro?
Infelizmente não posso afirmar com exatidão ondee está o problema, mas vou listar alguns dos maiores obstáculos para o aprendizado não apenas do inglês, mas de qualquer coisa que esteja a nossa frente.
Mas deixo bem claro que pode ser que nenhum destes exemplos seja o teu caso, afinal cada pessoa é única. Pode até ser que você não concorde comigo, e você é livre para se manifestar. Deixe se u comentário e ajude-me a melhorar.
Vamos lá para os exemplos:
 1. A maioria das pessoas não se dedica o suficiente.
"Professora, eu trabalho, estudo, chego em casa hiper-tarde. Minha vida é uma loucura"
"Díficl, pois além de estudar, tenho que tomar conta da minha loja e família."
"Antes até dava, mas agora, eu não tenho um espaço privativo para estudar na minha casa e eu não gosto de ficar repetindo as frases na frente da minha família. Tenho vergonha"
"Meu computador quebrou e não posso compar outro, então, não tenho como escutar os audios ou as atividades multimídias."
Estas são apenas alguns dos argumentos que ouvi em apenas uma semana. É são muito verdadeiros. Mas tem outros que prefiro nem relatar...
Mas pense por um momento: com certeza existem coisas que você adora fazer, e dependendo do caso, faria um grande esforço para isso. Vou dar um exemplo clássico: as pessoas que desfilam no carnaval. Elas passam o ano todo se preparando, costurando, ensaiando para chegar o mês de fevereiro e fazer uma apresentação que dura cerca de 80 minutos.
Não estou julgando ninguém, apesar de não gostar de carnaval, mas quero dizer que isso sim é um exemplo de dedicação. As pessoas se dedicam porque gostam do que estão fazendo, então não se importam de fazer isso todo dia, ou pelo menos algumas horas por semana, pois isso é um hobby para elas.
Com o inglês deve ser parecido: devemos tentar fazer dele um hobby. Não deixe de fazer suas atividades rotineiras, principalmente do lazer, pois senão você sentirá que está ‘abrindo mão’ de algo e inconscientemente você ficará “com raiva”.
Sugiro que você, pelo menos a princípio, diminua o seu tempo em outras atividades e reserve para o estudo do inglês. Por exemplo: você pode assistir menos TV, ficar menos tempo no computador, entre outras coisas que você porventura possa fazer, para se dedicar ao aprendizado do idioma;

Quando alguém me diz não ter tempo para estudar, retruco: não é que falta tempo, o que falta é prioridade.

2. O eterno medo de errar: Admita, você tem sim medo de errar, quer acertar tudo sempre, pois se importa, mesmo que um pouco apenas, com “o que os outros vão pensar“. Fique tranquilo, isso é normal, acontece com todo mundo, inclusive comigo às vezes.
Temos receio de que fiquem rindo de nós, ou no caso de estudar em turma, de não conseguirmos acompanhar os colegas, de ficarmos para trás. Isso acaba gerando um “bloqueio” mental que atrasa e dificulta o aprendizado.
No entanto, tenho uma boa notícia para você: as outras pessoas têm essas mesmas preocupações! Ou seja, elas também não querem ser ridicularizadas e tal. Portanto, tente “desencanar” disso, pois assim você ficará mais relaxado.
O importante é fazer a “roda girar”, ou seja, falar, escrever, ler, se comunicar, para assim ganhar mais habilidade e confiança com o idioma. Se você nunca tentar por medo de errar, nunca sairá do lugar. Pense comigo: você é fluente em português, certo? Ou pelo menos consegue se comunicar de maneira satisfatória nesse idioma.
No entanto, tenho quase certeza que você vez ou outra comete algum erro, seja na gramática, na concordância, ou no que for. Até mesmo os experts erram, têm dúvidas, falham.
A melhor cozinheira do mundo de vez em quando deixa uma comida queimar, ou ainda põe sal demais. O Pelé, que é considerado o maior jogador de futebol de todos os tempos e fez mais de 1200 gols, também errou muito chute durante a sua carreira.
Acho que você entendeu onde eu quis chegar, não é? “A prática conduz à perfeição, diz o ditado. Não o acho totalmente verdadeiro, pois jamais seremos perfeitos. Eu diria que “a prática conduz ao aperfeiçoamento”, o que é diferente. Falando em ditados, vou citar mais um: “uma jornada de mil quilômetros começa com o primeiro passo. Portanto, pratique o inglês sempre que possível, mesmo que não esteja indo lá muito bem no começo. Tenha em mente que você vai melhorando aos poucos, um passo de cada vez.

Você se lembra do Joel Santana, que em 2009 era treinador da África do Sul e ao dar uma entrevista após um jogo contra o Iraque, falou “do jeito dele”, porém se fez entender. Quem já viu pode ver novamente, e quem não viu ainda veja agora:



Ele foi bastante “zoado” na internet, foi alvo de críticas e tal, mas pelo menos ele tentou. Eu dou muita risada sempre que assisto este vídeo, mas de digo: pelo menos ele tentou, e ao final de tudo, ele ganhou até uma grana por fora com isto tudo.
3. Falta de motivação:
Esse tópico tem a ver com o primeiro. Vamos imaginar a seguinte situação. Você é fanático por futebol e é época de Copa do Mundo. Você, assim como a maioria das pessoas, irá “parar tudo” o que está fazendo para assistir à partida da seleção. Provavelmente se reunirá com a família, amigos, colegas de trabalho, etc. Quando a seleção fizer um gol, vai ser aquela alegria, pulo, canto, festa.
Resumindo, isso é uma coisa que te deixa altamente motivado para fazer (a menos, é claro, que você não goste de futebol).
O exemplo do carnaval mencionado acima também ilustra claramente o que quero dizer. Já ao estudar inglês, você talvez não tenha essa mesma motivação. Pode ser que você não veja utilidade no aprendizado, ou ainda pode ver, mas está fazendo por obrigação (o chefe ameaçou te despedir se você não aprender inglês é um bom exemplo). Resumindo, como qualquer coisa na vida, você fará com mais vontade e mais bem feito se estiver empolgado. Sugiro que você leia o post  Como se divertir aprendendo inglês.
4. Achar que vai ser rápido: vivemos num mundo cada vez mais “acelerado”, onde a cultura do “imediatismo” está dominando. Duvida? Pense então na “agonia” que você sente quando a sua internet está lenta, ou então quando você solicita algo em uma loja, por exemplo, e lhe dão um prazo “extenso” (por extenso nesse caso me refiro entre 5 a 7 dias) para entrega.
A facilidade de comunicação, onde mandamos uma mensagem e já temos resposta na hora, nos deixou com essa “ânsia” de querermos tudo “para ontem”. Antigamente o ritmo era mais devagar. Para se comunicar com alguém de longe, se usava principalmente cartas, que tinham que ser escritas, postadas no correio, mais o tempo para chegar, a outra pessoa ler, responder e voltar. Esse processo todo poderia levar em torno de 20 dias, o que é impensável atualmente.
Por isso, boa parte das pessoas imaginam/desejam/querem aprender inglês “para ontem” também. No entanto, podemos dizer que aprender um idioma é igual “plantar uma semente” no seu cérebro. Ela precisa ser “regada”, cuidada, estimulada para que possa crescer. Porém todo esse processo leva tempo (anos, para ser mais exato). No entanto, boa parte dos alunos, após 3 meses de curso, ao verem que não estão experts no idioma, começam a desanimar. Pense comigo: quando você era criança, você levou anos para aprender a falar o seu idioma, correto? O que te faz crer que um idioma que é totalmente estranho a você, será aprendido em pouco tempo?

 
5. Culpar terceiros pelo seu aprendizado: admita: você é o principal responsável pelo sucesso ou pelo fracasso do seu aprendizado. Você pode estudar na melhor escola do mundo, porém se não estiver muito afim, não irá adiantar muito. Pode acontecer, claro de o método/escola que você está tentando aprender não seja o mais adequado para você. Ainda assim, cabe a você identificar se a maneira atual que você está utilizando para aprender está surtindo efeito, e caso contrário, “reajustar”, seja mudando de escola, estudando por outro método, etc. Tem gente que aprende sozinho (autodidatas), já outros precisam de apoio constante. Isso vai variar em cada caso, e cabe a você identificar o seu perfil para poder se adequar a ele.


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